16/09/2014 15:59
Estudo alerta para alto consumo de macarrão instantâneo e queijo petit suisse entre crianças de até três anos
| O queijo petit suisse também esteve, erroneamente, presente na dieta das crianças. Pesquisa publicada Revista Paulista de Pediatria mostra alto consumo de queijo petit suisse e de macarrão instantâneo entre crianças até três anos de idade. De acordo com o texto, a introdução precoce destes dois alimentos industrializados deve ser evitada, pois apresentam composição nutricional inadequada para as crianças. Participaram da investigação 366 crianças. O petit suisse e o macarrão instantâneo foram consumidos por 65,3% delas ainda no primeiro ano de vida. A pesquisa identificou que o queijo já havia sido consumido por 48% das crianças até os seis meses de vida, período no qual a criança deveria receber exclusivamente leite materno. “Na análise comparada dos percentuais de adequação, nota-se que o queijo petit suisse ultrapassa em mais de 400% a quantidade de proteína em comparação ao leite materno, o que pode levar ao desenvolvimento de obesidade na idade escolar e adulta. Destacam-se também as quantidades elevadas de cálcio e de sódio nesse produto, que ultrapassam em 300% as necessidades diárias na faixa etária de zero a seis meses, ficando muito além dos teores presentes no leite materno”, explicam os autores. De forma similar, o estudo explica que o macarrão instantâneo foi oferecido precocemente (antes dos 12 meses) para mais da metade das crianças e tem apresentado forte tendência de aumento no consumo, principalmente na população infantil, por ser percebido como alimento de fácil aceitação, boa palatabilidade e de preparo rápido. “Contudo, observa-se que, na comparação com a refeição salgada tradicional recomendada para crianças na faixa etária de sete a 12 meses, são substancialmente elevados os teores de gordura total, carboidratos, valor energético e sódio, ingredientes que, em excesso, são danosos à saúde da criança”, alerta o artigo. O estudo “Consumo de alimentos industrializados por lactentes matriculados em creches” explica que a incorporação desses alimentos na dieta em décadas recentes foi sempre associada a campanhas de publicidade enganosas, que promoveram a incorporação gradual e acelerada deles aos hábitos alimentares diários das famílias, contrariando as orientações nutricionais saudáveis para a infância. Fontes: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-05822014000100037&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt. Agência Notisa (science journalism – jornalismo científico) Nutrição e Pediatria - 1/set/2014 |
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